quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Mais uma vez esse blog vai mudar de direção... assim como essa autora, que nem sabe muito bem utilizar as regras da norma culta da língua, e que muda constantemente, apesar de ser virginiana... vamos todos mudar.
A partir de hoje, esse blog versará sobre as minhas aventuras na gestão de uma política pública... parece até importante... mas nem é tanto.
O que eu vou fazer a partir de hoje é relatar tudo que eu considerar curioso no caminho que eu for percorrendo nessa minha mais nova aventura sociológica.

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O primeiro relato a gente nunca esquece... (adoro reticências)
Conheci um lugar na 3ª feira chamado Centro Municipal de Cultura José Bonifácio. Casa linda. Arquitetura do ínicio do século XX. Pé direito da casa muito alto, escadas de madeiras, jardim interno, enfim, uma coisa linda. Fica situado aos pés do Morro da Providência e se apresenta como um centro cultural direcionado a valorização da cultura negra. O que o Centro Cultural tem de bom? Nada. As paredes estão caindo aos pedaços literalmente. Um lugar lindo mas abandonado completamente... Pergunto eu, por que?
Será que é porque é pra preto? Será que essa sociedade é assim mesmo? Não é possível.

Isso me remete ao dia da votação. Sou ipasiana (fazia tempo que não assumia essa identidade) e assim voto no ciep do Ipase, é lógico. A minha família também vota no mesmo lugar... logo, no dia da votação, encontrei uma série deles. Encontrei também a avó da minha prima que nem precisa mais votar porque já tem quase 80 anos. O dialógo que se seguiu foi esse:
- Dona Zulmira, o que a senhora está fazendo aqui?
- Vim votar ora essa.
- Mas porque, se a senhora nem precisa mais?
- Tenho ainda esperança de ajudar a transformar esse país em um lugar melhor.
(Ela viveu duas ditaduras e acredita que com o voto iremos transformar)

Tem mais uma coisa que queria escrever:
Eles se encontraram pela 3649 vez. Conversaram sobre os mesmos assuntos. Beberam as mesmas cervejas. E no final de tudo ainda se amaram como se fosse a primeira vez! (Brega demais, eu sei).

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