Dando continuidade ao
diário sobre a vida em Paris quero escrever hoje sobre os transportes públicos
dessa cidade. Para você, único leitor, entender: a cidade é um caracol,
dividida por áreas, as primeiras duas curvas do caracol são as zonas centrais
chamadas de 1 e 2, as outras são as chamadas periferias, 3, 4 e 5, onde as
tarifas são mais caras. É possível com um bilhete que custa 1,70e
transitar pelas zonas 1 e 2 de metro, onibus ou RER (trem).
Mas o que quero tratar
hoje aqui é sobre o onibus. Que beleza. Eles em geral (quero enfatizar que são
os onibus que circulam nas zonas 1 e 2 e portanto devem ser diferentes dos que
circulam pelas perfiferias e também falo apenas sobre os onibus que circulam
proximos a minha casa: 62, 89 e 95) são grandes e possuem 3 portas. Cada pessoa
pode entrar e sair por onde quiser. As pessoas que querem entrar esperam as que
estão saindo. E o individuo passa o seu cartão ou coloca o seu bilhete. Tenho percebido que nem
todas as pessoas fazem esse movimento. Acho que dão calote. Apesar do onibus ter cameras de segurança, não tem
como o motorista cuidar de tudo tendo em vista que o fluxo é grande. Além
disso, fiquei sabendo que de vez em quando entra um fiscal para ver se todos
estão com os seus comprovantes. Eu nunca vi isso acontecer mas um amigo que
está aqui há 1 mês já viu 3 vezes. Ele me disse que ocorre mais no metro e nas
estações mais próximas às periferias. Portanto, pobre = caloteiro em todo
lugar.
Voltando ao onibus. Em
todos os pontos de onibus há a indicação do itinerário completo e, melhor, em quanto tempo irá chegar. Isso é
maravilhoso. Eu fico olhando fixo para o monitor e regulando se o tempo vai
bater e, incrivelmente, até hoje, 15 dias nessa cidade, bateu. "95 Portes
de Vanves - 1 minuto". Além disso, tem uma plaquinha dizendo os intervalos
entre os onibus, ou seja, durante a semana entre 7:00 e 17:00 o intervalo é de
5 minutos; à noite é de 15 minutos e assim nos fins de semana. Nem todos os onibus
funcionam no domingo. E dentro deles tem o indicativo da parada, tal como o
metro. Logo, você só precisa saber em que parada
você vai descer.
Outro elemento muito
interessante: existem faixas exclusivas para os onibus e estas são divididas
com os ciclistas. Parece louco e é mesmo. No sábado vi um ciclista quase ser
atropelado por um onibus no bairro do Marrais. Enfim, essa cidade tinha que ter algum
defeito.
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