segunda-feira, 1 de outubro de 2012



Dando continuidade ao diário sobre a vida em Paris quero escrever hoje sobre os transportes públicos dessa cidade. Para você, único leitor, entender: a cidade é um caracol, dividida por áreas, as primeiras duas curvas do caracol são as zonas centrais chamadas de 1 e 2, as outras são as chamadas periferias, 3, 4 e 5, onde as tarifas são mais caras. É possível com um bilhete que custa 1,70e transitar pelas zonas 1 e 2 de metro, onibus ou RER (trem).  
Mas o que quero tratar hoje aqui é sobre o onibus. Que beleza. Eles em geral (quero enfatizar que são os onibus que circulam nas zonas 1 e 2 e portanto devem ser diferentes dos que circulam pelas perfiferias e também falo apenas sobre os onibus que circulam proximos a minha casa: 62, 89 e 95) são grandes e possuem 3 portas. Cada pessoa pode entrar e sair por onde quiser. As pessoas que querem entrar esperam as que estão saindo. E o individuo passa o seu cartão ou coloca o seu bilhete. Tenho percebido que nem todas as pessoas fazem esse movimento. Acho que dão calote. Apesar do onibus ter cameras de segurança, não tem como o motorista cuidar de tudo tendo em vista que o fluxo é grande. Além disso, fiquei sabendo que de vez em quando entra um fiscal para ver se todos estão com os seus comprovantes. Eu nunca vi isso acontecer mas um amigo que está aqui há 1 mês já viu 3 vezes. Ele me disse que ocorre mais no metro e nas estações mais próximas às periferias. Portanto, pobre = caloteiro em todo lugar.
Voltando ao onibus. Em todos os pontos de onibus há a indicação do itinerário completo e, melhor, em quanto tempo irá chegar. Isso é maravilhoso. Eu fico olhando fixo para o monitor e regulando se o tempo vai bater e, incrivelmente, até hoje, 15 dias nessa cidade, bateu. "95 Portes de Vanves - 1 minuto". Além disso, tem uma plaquinha dizendo os intervalos entre os onibus, ou seja, durante a semana entre 7:00 e 17:00 o intervalo é de 5 minutos; à noite é de 15 minutos e assim nos fins de semana. Nem todos os onibus funcionam no domingo. E dentro deles tem o indicativo da parada, tal como o metro. Logo, você só precisa saber em que parada você vai descer.
Outro elemento muito interessante: existem faixas exclusivas para os onibus e estas são divididas com os ciclistas. Parece louco e é mesmo. No sábado vi um ciclista quase ser atropelado por um onibus no bairro do Marrais. Enfim, essa cidade tinha que ter algum defeito. 

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