Assim como todas as famílias, a minha também é anormal. Daí que meu pai - gente boa demais - levou um golpe e eu com pena resolvi chamá-lo para vir jantar em minha casa. Coisa que ele queria desde o dia em que me mudei e que eu nunca havia feito. Claro que jamais eu jantaria apenas com ele pois haveria uma morte e certamente no jornal Meia Hora teria uma manchete trágica. Evitei a fadiga e chamei meu irmão para mediar o delicioso jantar.
Lá pelas tantas, depois de algumas cervejas, doses de wisky e cachaças paratyanas, ele me revelou:
- Meu pai era a pessoa que eu mais admirei nessa vida. Me deu dois tiros e ainda assim continuei a admirá-lo.
Me diga, Brasil, como eu seria diferente?
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
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